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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Senhor do Mundo


Hemus
Jules Verne - 181 páginas

Júlio Verne é um dos meus escritores prediletos desde que eu tinha dez anos de idade e comecei a ler um livro adaptado de “20 Mil Léguas Submarinas”. Agora, já li suas três principais obras (“Volta ao Mundo em 80 Dias”, “Viagem ao Centro da Terra” e “20 Mil Léguas Submarinas”) no formato original e estou começando a encontrar outros livros não tão conhecidos de Verne. Este é o caso de “O Senhor do Mundo”.

Para aqueles que, assim como eu, apreciam o trabalho de Jules Verne, não preciso informar que é muito raro encontrar outros livros do autor, além dos três mais famosos citados a cima, nas livrarias. Talvez encontre um exemplar de “Da Terra à Lua” esquecido em uma estante e não muito mais do que isso. Realmente é triste a situação em que os livros de Verne se encontram no Brasil. Porém, um belo dia andando na mais bela livraria de todas deparo-me com “O Senhor do Mundo” fiquei intrigado e na mesma hora comprei o livro.

Pesquisando mais a fundo descobri que “O Senhor do Mundo” é uma continuação. Continuação de “Rubor, O Conquistador”, lançado anos antes do livro em questão, porém, acredito que não é nem um pouco prejudicial ao entendimento da obra que se leia na ordem inversa.

Bom, a história é bem típica de nosso ilustre autor. O pai da Ficção Cientifica adorava inventos avançados para tecnologia de sua época e escrevia como se estivesse desvendando o futuro. Nesta obra não é diferente, temos a magnífica invenção do Assombro, um carro, um barco, um submarino e um avião, unidos na mesma máquina.

O personagem principal é um inspetor de polícia americano chamado Strock. Um homem, cheio de curiosidade e com compulsão de descobrir grandes mistérios, que parte em busca do Assombro e de seu misterioso capitão que se autodenomina o Senhor do Mundo. Com certeza o livro é um prato cheio para aqueles que, assim como Strock, gostam de aventuras e mistérios.

Devo mostrar também que, infelizmente, o livro tem alguns pontos fracos. Primeiramente a edição. A editora não é muito conhecida e, provavelmente, não é uma editora de grande porte, sendo assim, a edição não é uma das melhores. Não está nem um pouco atualizada com a gramática atual – exemplo: “êle” ao invés de “ele” – e, além disso, alguns erros são bem perceptíveis.

Depois, devo relatar sobre as gravuras. Sim, o livro é recheado por algumas gravuras, cerca de duas a cada quarenta paginas. São belos desenhos em preto e branco que ajudam bastante na hora de idealizar o local em que se acontece a história. O problema é que, as gravuras estão sem nexo! A editora simplesmente espalhou pelo livro os desenhos de modo que o que representam só é mostrado muito para frente ou muito para trás no livro. O leitor não consegue encaixar a imagem que vê ao que esta lendo, outra grande decepção no livro.


Um ponto que pode ser negativo para alguns é que a história é muito descritiva e detalhista. Principalmente nas cenas em que certo objeto ou certo ambiente é descrito. Eu, particularmente, gosto dos detalhes, mas, confesso que nesse livro chegam a ser um pouco exagerados.

          Apesar desses pontos negativos, recomendo a leitura. Verne é um escritor excelente e deve ser lido. Não aconselho que comece a ler Jules por esse livro, mas, ainda sim, vale apena ler algum dia.

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